sexta-feira, 23 de maio de 2008

O que é importante pra você?


Eu sou ligadaço em música! Mas ta bom é daí? E daí que é legal compor, gostoso ver e ouvir uma música nova, julgar
se ela ficou boa ou curtir enquanto se acha ela boa até passar. Mas isso é importante?
É, mas é relativamente importante apenas. É só um exemplo, mas é pra dizer que é assim vamos colecionando coisas desimportantes, que por uma monte de momentos
achamos fundamentais.
Mas tem uma coisa que me pega pesado: Meus filhos. Parece chover na poça d´água dizer que os filhos são importantes mas é que
eu sou intrigado com meus filhos. Eles detém o poder de mudar o meu humor em questão de instantes - saliento, tanto pra bom quanto pra ruim, na maioria das vezes pra melhor.
Essa dinâmica das crianças eu não havia detectado. Todas as sensações de pai eu ja conhecia. O susto inicial, o amor incondicional, a responsa, etc.
Mas o poder de mudar o dia da gente apenas com um olhar é uma coisa das mais mágicas.
Baseado nisso comecei interagir mais, às vezes simplesmente olho mais pros meus filhos e é assustador o tanto que comecei mudar.
Mudar o quê?
Desde a maneira de agir, até a maneira de pensar, tudo. Os meus filhos ditam os passos de um futuro que não sei nada. Eu ja pensei no caso de sempre
ter sido assim, mas é que é diferente. Parece que agora a intuição tem um serviço de consultoria. Eu preciso de uma força da intuição, aí olho pra eles, observo
seus jeitinhos, suas maneiras de passar o dia e a intuição aflora como mágica. Meus filhos são meu canal direto com Deus, é neles que eu acredito que Ele existe .
Um Deus totalmente do bem, essa é uma diferença maluca dentre todas as sensações que passei na vida.
Como um amigo me disse uma vez, é como se Deus tivesse me dado um caixinha e tivesse dito:
- Aí dentro tem um conjunto de sensações que você experimentou. São sentimentos novos e exclusivos. É a maior de todas as viagens.
Tanto é que até to compartilhando a seringa da minha viagem :)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Porque ficamos estranhos?


À vezes me dá um treco que eu não sei explicar direito. É uma sensação de que ta tudo errado, que é hora de dar um giro de 180º, uma vontade súbita de falar com outras pessoas, fazer outras coisas.
Não sei direito explicar, mas parece que alguma coisa não funcionou.
Eu passo por essas renovações de tempos em tempos e sempre é pra melhor, mas a dor incial do apego à velhas crenças é das mais doloridas. Lembra a troca de escola quando se estava mais grudado nos amigos, me lembra a morte da cantora que eu mais gostava, me lembra o fim da faculdade, aquele fim de romance, a quarta de cinzas do melhor carnaval, o vizinho querido que se foi.
Apesar da dor , do apego, da cabeça dura, depois que passa um tempo essas coisas todas não incomodam mais.
Eu me sinto no exato momento da mudança e da dor inicial. No meio dessa dor há a dúvida:Será a hora de mudar mesmo? Do que vou sentir mais falta? Será que não vai ser pior?
O bom da maturidade é ter certeza absoluta de quando chega a hora de ir, é hora ir mesmo, e não importa a dor, não importa a saudade, os velhos amigos e velhas histórias. Quando deu, deu. A mala ja tava pronta.

E tem até trilha sonora, parceiro novo, Rodolpho Bittencourt, publicitário, garimpado pela Apá
 Sonekka/Rodolpho Bittencourt - Arquivo

sexta-feira, 9 de maio de 2008

eu gosto assim, ou assado


Eu gosto de me sentir assim, no palcão, toda luz, todo som, sem precisar convidar ninguém, sem nem precisar falar com contratantes e outros tratantes.
Como isso tudo andava meio distante da minha vida musical, apenas o inversos acontecia, decidi dar um tempo.
Até vou ao palco - como irei dia 15/05 no show do Tavito+Zé Rodrix no Aurora - mas sem a parte xarope.
Também continuarei compondo e tendo as mesmas dificuldades de mostrar isso tudo, mas pelo menos é divertido.
:)
Á propósito a foto acima é do Show do Emílio Carlos em Tabatinga-SP terra sagrada, meu berço familiar. Eu participei relembrando meus tempos de banda com ele.achei super legal!