sábado, 21 de junho de 2008

Fim da fase

Analogia boa é comparar a vida a um videogame. Acaba uma fase e começa outra cheia de dificuldades maiores mas muito mais divertida.
Hoje nasceu o Theo, primeiro filho do meu parceiraço amigo de fé, irmão, camarada e sua esposa Ludmila. Eu acompanhei de perto a tensão de papais de primeira viagem e suas viagens emocionais na espera.
Coincidentemente eu passei os ultimos 2 meses meio estranho, até bloguei por aqui sobre isso, e coincidentemente novamente saí da sensação estranha junto com o nascimento do Theozinho. Não sai por mágica, eu decretei que a fase chata se foi porque é assim que to me sentindo, como se as coisas estivessem assentado e assentaram.
Vocês não sabem o que eu estive sentindo?
Sensação de impotência pessoal diante da trajetória profissional, principalmente da parte artística.
Blogarei mais sobre as confusões mentais daqui uns dias, por enquanto segue uma musica relativamente nova, letra do zé edu que ele jura que ele nem lembrou da gravidez ao fazer rsrsrsrs
Relevem o trombone de boca, era só uma marcação pra eu colocar o riff adequado quando passasse a ressaca artistica.
PRocura aí vai, chama-se "tanto na espera"


Foi tanto tempo na espera
Que eu já não via a hora
E agora que chegou
É minha hora, vambora

Foi tanto tempo sonhando
Tanto tempo de ansiedade
Para ver o grande dia
Nunca é longe, nunca é tarde

Agora você vai ver
Eu quase não dormi
Mas sempre foi assim
Quando começar

Eu quero quebrar tudo
Agora você vai ver
Chegou a minha vez

Liga o som, liga a luz
Porque hoje eu sou
O cara mais feliz do mundo

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O que é importante pra você?


Eu sou ligadaço em música! Mas ta bom é daí? E daí que é legal compor, gostoso ver e ouvir uma música nova, julgar
se ela ficou boa ou curtir enquanto se acha ela boa até passar. Mas isso é importante?
É, mas é relativamente importante apenas. É só um exemplo, mas é pra dizer que é assim vamos colecionando coisas desimportantes, que por uma monte de momentos
achamos fundamentais.
Mas tem uma coisa que me pega pesado: Meus filhos. Parece chover na poça d´água dizer que os filhos são importantes mas é que
eu sou intrigado com meus filhos. Eles detém o poder de mudar o meu humor em questão de instantes - saliento, tanto pra bom quanto pra ruim, na maioria das vezes pra melhor.
Essa dinâmica das crianças eu não havia detectado. Todas as sensações de pai eu ja conhecia. O susto inicial, o amor incondicional, a responsa, etc.
Mas o poder de mudar o dia da gente apenas com um olhar é uma coisa das mais mágicas.
Baseado nisso comecei interagir mais, às vezes simplesmente olho mais pros meus filhos e é assustador o tanto que comecei mudar.
Mudar o quê?
Desde a maneira de agir, até a maneira de pensar, tudo. Os meus filhos ditam os passos de um futuro que não sei nada. Eu ja pensei no caso de sempre
ter sido assim, mas é que é diferente. Parece que agora a intuição tem um serviço de consultoria. Eu preciso de uma força da intuição, aí olho pra eles, observo
seus jeitinhos, suas maneiras de passar o dia e a intuição aflora como mágica. Meus filhos são meu canal direto com Deus, é neles que eu acredito que Ele existe .
Um Deus totalmente do bem, essa é uma diferença maluca dentre todas as sensações que passei na vida.
Como um amigo me disse uma vez, é como se Deus tivesse me dado um caixinha e tivesse dito:
- Aí dentro tem um conjunto de sensações que você experimentou. São sentimentos novos e exclusivos. É a maior de todas as viagens.
Tanto é que até to compartilhando a seringa da minha viagem :)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Porque ficamos estranhos?


À vezes me dá um treco que eu não sei explicar direito. É uma sensação de que ta tudo errado, que é hora de dar um giro de 180º, uma vontade súbita de falar com outras pessoas, fazer outras coisas.
Não sei direito explicar, mas parece que alguma coisa não funcionou.
Eu passo por essas renovações de tempos em tempos e sempre é pra melhor, mas a dor incial do apego à velhas crenças é das mais doloridas. Lembra a troca de escola quando se estava mais grudado nos amigos, me lembra a morte da cantora que eu mais gostava, me lembra o fim da faculdade, aquele fim de romance, a quarta de cinzas do melhor carnaval, o vizinho querido que se foi.
Apesar da dor , do apego, da cabeça dura, depois que passa um tempo essas coisas todas não incomodam mais.
Eu me sinto no exato momento da mudança e da dor inicial. No meio dessa dor há a dúvida:Será a hora de mudar mesmo? Do que vou sentir mais falta? Será que não vai ser pior?
O bom da maturidade é ter certeza absoluta de quando chega a hora de ir, é hora ir mesmo, e não importa a dor, não importa a saudade, os velhos amigos e velhas histórias. Quando deu, deu. A mala ja tava pronta.

E tem até trilha sonora, parceiro novo, Rodolpho Bittencourt, publicitário, garimpado pela Apá
 Sonekka/Rodolpho Bittencourt - Arquivo

sexta-feira, 9 de maio de 2008

eu gosto assim, ou assado


Eu gosto de me sentir assim, no palcão, toda luz, todo som, sem precisar convidar ninguém, sem nem precisar falar com contratantes e outros tratantes.
Como isso tudo andava meio distante da minha vida musical, apenas o inversos acontecia, decidi dar um tempo.
Até vou ao palco - como irei dia 15/05 no show do Tavito+Zé Rodrix no Aurora - mas sem a parte xarope.
Também continuarei compondo e tendo as mesmas dificuldades de mostrar isso tudo, mas pelo menos é divertido.
:)
Á propósito a foto acima é do Show do Emílio Carlos em Tabatinga-SP terra sagrada, meu berço familiar. Eu participei relembrando meus tempos de banda com ele.achei super legal!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Vila se foi, chega o Villagio

Muito gente resiste às mudanças, eu não.
To de coração aberto pro Villagio que se instala no Bar que ja frequentávamos,o Vila Teodoro.
O Vila Teodoro foi criado há pouco mais de um ano atrás e abriga os eventos do grupo de compositores que se auto denominou Clube Caiubi, por ter nascido em outro boteco que ficava na Rua Caiubi em Perdizes.
Pois bem, vamos às mudanças. Sem entrar no mérito ou demérito das indas e vindas dos donos do bar, o que acontece ali-do ponto de vista artístico- é da maior relevância. Ali ocorrem as "Segundas Autorais do Clube Caiubi" , evento que ja acontece há mais de 6 anos onde cada compositor sobe ao palco e mostra duas canções de sua autoria. Isso motivou o surgimento de outros eventos parecidos em vários lugares. Antes do Clube Caiubi quase não se falava em compositores em São Paulo, hoje em dia mostrar música prórpia é quase lei e já não cabe somente à figurinhas carimbadas da música brasileira, fazer música é obrigação artística de quem se mete na música.
O que muda? Praticamente nada ou praticamente tudo, ainda não podemos dizer.
Houveram vários momentos de mudanças nesses anos de encontros. Houve momentos onde alguns que iam, se foram, quando começamos produdir shows maiores do que os relegados ao palco de boteco. Outros chegaram. Houve gente que foi, não recebeu a louvação que esperava receber e se foi. Houve gente que foi , tocou, recebeu a louvação que não esperava e ficou. Ainda outros que gostaram mas não continuaram a ir, outros que não gostaram de nada, enfim... o palco do Clube Caiubi é um terreno perigoso pra quem só valoriza o próprio gosto. Ele é plural e só respeita a persistência.
Com o Villagio continuam as Segundas autorais, apenas o bar aumentou, ficou mais bonito, palco melhor, som, luz , cardápio, atendimento. Resta agora mais gente descobrir que existe gente fazendo música em São Paulo e é música pra todos os gostos, música buscando a platéia que goste delas. Não se trata de artistas buscando notoriedade e sim um encontro de amigos, um lugar pra ir com gente que se gosta e ouvir música nova, orgânica, visceral, ás vezes feitas ali mesmo. Enfim, é diferente.
Apareçam. Rua TEodoro Sampaio, 1229 todas as segundas.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Som novo na praça

Cabeça dói.
É tanta coisa pra pensar, às vezes uma besteira que a gente resolve com um telefonema acaba tomando nossa cabeça por horas .
Ontem eu recebi do Álvaro Cueva um pré mix do CD do pai dele, Afonso Moraes. Cabra bom, produça impecável. Infelizmente não fui autorizado a internetar a belezura. Aguardem sair. Mas salvou meu dia, deu aquele relax. Muito delicadeza, muito capricho, uns arranjos como não se vê mais.
Na esteira do que vem por aí, temos a Bárbara Rodrix.Maninha querida filha do meu querido brother Zé Rodrix, acabou de terminar a mixagem de seu CD igualmente impecável.
Repertório arrasador onde ela mostra sua principal arma pra nos desarmar - suas melodias incrivelmente bonitas. E esperar e ouvir, porque vale a pena.
Confiram um vídeo by Monika de uma ineditíssima dela com Ricardo Soares
http://videolog.uol.com.br/video.php?id=324392

domingo, 27 de abril de 2008

E a gente vai compondo...


Salve, salve ! Cheguei!
Acho que a única coisa que tva faltando na minha vida plugada era um blog. Aliás até tenho um mas é profissional, osso do ofício. Tava na hora de um blog pra soltar as indignações e alegrias da vida diária, passar a limpo os assuntos e deixar algumas coisas bem explicadas.
Mas é uma coisa surtada? Você escrever aqui como se fosse um diário aberto?
E daqui alguns anos? Eu vou concordar com o que eu disse?
E se eu esquecer a senha? E se perder a cabeça e falar mais do que devo?
Já não chega os emails e seus temíveis "Reply to all"?
Ainda assim encaro mas duvido que irei mais do que um ou dois posts por semana e aposto também que enjoarei logo, posto que ninguém tem tempo pra ficar jogando fora com conversinha: Nem eu, nem quem resolver ler.

O que é isso acima? Ah é a harmonia de uma música minha, Agridoce, com letra do Zé Edu Camargo. Pra mudar um pouco não vou me postar, mas postar uma versão que acabo de achar no MP3Tube.net Agridoce by Márcio Bragança! Se tá lá é porque pode mostrar... Ou Não?

Marcio Bragança - Agridoce